sábado, 28 de dezembro de 2013

Hello December: 4º Cap. - Hello, think I'm falling for you!



                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Dois dias se passaram. Domingo, segunda, finalmente chegou terça-feira. O dia em que eu iria com Luca, Fran e Maxi a um karaokê. Um amigo deles os convidou e me convidou para assistir. Eu não cantaria na frente daquela gente toda de jeito nenhum. Fran me ajudou a escolher a roupa. Não quiz me arrumar muito. Coloquei um shortinho jeans preto com uma meia-calça branca, e um casaco de moletom rosa nem muito curto nem muito comprido, que vinha escrito I Love Chocolate, no lugar do "love" um coração, e um All Star preto de cano médio. A Fran queria que eu me enfeitasse toda, mas eu tava ótima daquele jeito.
     As 20:00 horas saímos de casa, fomos de carona com Brako, o amigo do Luca que nos convidou ao karaokê. Luca foi na frente, eu, Fran e Maxi fomos atras. Brako tentou falar português comigo, pois o Luca as vezes dava umas aulinhas para ele. Era tão fofo aquele sotaque do Brako, e até que ele falou direitinho.
     Chegando ao local, esperamos um pouco e Brako foi o primeiro de nós a cantar. Depois Maxi, e depois Francesca. Todos cantaram incrivelmente bem. Quem diria que na família Reys todos tem esse dom. Tirando o Brako que canta muito bem mas não é da família.
     Luca subiu ao pequeno palco e pegou o microfone:
     - Queria convidar uma pessoa para cantar comigo. - todos olharam para ele - Camila Torres!
     Todos começaram a tagarelar sei lá oque. Luca olhava fixamente para mim, oque fez com que todos me olhassem também, e eu ficava cada vez mais sem graça.
     - Luca... não, por favor. Você sabe que eu...
     - Ah, vai Cami! Sua voz é tão linda! Você e o Luca ficam tão bonitinhos cantando! - Fran insistiu
     - Ah, então eles já cantaram juntos outras vezes? - Brako falou meio enrolado
     - Cami, por favor! - Luca falou ao microfone
     Eu estava morrendo de vergonha, eu tinha ido lá só para assistir! Arrrg, que vontade de dar uma  chinelada na cara do Luca! Ele sabe que eu não consigo cantar em público! Só o fato de ter  varios olhos virados para mim me deixou nervosa! Todos começara a gritar a bater palmas "Canta, canta, canta". Luca veio até mim. Ele estendeu a mão e disse:
     - Juntos nós podemos.
     Peguei sua mão, e demos 5 passos até o palco.
     - Conhece Hero, da banda Skillet? - Luca perguntou
     - Sim, é essa que vamos... tentar cantar?
     - Sim! Pra te facilitar, eu canto a parte do John Cooper e você a da Jen Ledger. Okay?
     - Tá, okay.
     O problema é... nessa música, a Jen Ledger não faz backing vocals comuns. A voz dela se destaca bastante e até canta algumas partes sozinha. O Luca faria a voz principal... facilitou, mas não muito. Pelo menos não era uma música romântica.
     O som da guitarra começou a rolar e eu ficava cada vez mais nervosa. Pedi a Luca que me deixasse cantar olhando para ele, pois olhar para a platéia só pioraria as coisas. Luca começou a cantar:

"I'm just a step away
I'm a just a breath away
Losin my faith today
"

     Eu completei com "Fallin off the edge today" e logo ele cantou "I am just a man, not superhuman" então eu cantei "I'm not superhuman" e ele continuou "Someone save me from the hate".
     A cada verso eu ficava mais nervosa, mas ao mesmo tempo me senti mais confiante. A cada "Heroooo" que eu gritava subia uma sensação estranha mas muito boa  que me fazia ter vontade de não sair mais do palco. Eu eu Luca cantávamos olhando um para o outro sentindo a mesma emoção. Até que eu criei coragem, senti que era hora de virar para a platéia. A hora em que cantamos juntos:

"Who's gonna fight for what's right
Who's gonna help us survive
We're in the fight of our lives
And we're not ready to die
"

     O resto da música cantamos de mãos dadas, oque me fez me sentir mais segura. Olhar para aquelas pessoas gostando da música me fez querer cantar mais e nunca mais parar. Terminamos a música novamente um de frente para o outro com "A hero's gonna save me just in time". Todos aplaudiram, alguns até de pé. Me emocionei ao ver aquilo e dei um abraço apertado no Luca, que pareceu tão feliz quanto eu.
     - Vocês estavam per-fei-toooooos!!!!! - Francesca se animou
     - Arrasaram! - Brako tentou falar português
     - Me senti humilhado! - Maxi completou
     - Obrigada gente, eu nem sei como eu consegui! - respondi
     - Eu te falei! Juntos nós podemos! - Luca sorriu de canto de boca
     Ficamos lá por mais algumas horas e voltamos para casa também de carona com o Brako, que agora mais do que nunca quer falar português perfeitamente. Fran e Maxi foram direto para sua casa, e Luca foi até a porta da casa de meus avós comigo.
     - Está entregue. - ele riu
     - Obrigada por... me dar essa oportunidade. De mostrar as pessoas que esse é meu talento e meu sonho. Eu nunca me senti tão livre! Cantar com você foi a melhor parte das minhas férias. - falei meio sem jeito
     - Eu queria que essas férias nunca acabassem. - ele segurou minhas mãos
     - Eu também. - eu sorri e ele me deu um beijo no rosto
     Ele foi embora e eu entrei. Minha mãe estava na cozinha tomando um copo de suco de melancia.
     - Oi filha! Como foi o karaokê?
     - Oi mãe, foi ótimo! Eu consegui cantar!
     - Sério? - ela deu um gritinho estérico
     - Mãe, meus avós estão dormindo!
     - Desculpa, mas eu fiquei emocionada que minha filhinha sabe cantar!
     - Eu cantei com o Luca! Só consegui por causa dele. Eu quase dei uma chinelada nele, quase que eu tenho um ataque cardíaco quando ele me chamou e todos olharam para mim.
     - Ah, ele canta?
     - Sim, muito bem! Fran e Maxi também! Até o amigo deles, o Brako. Tão fofo tentando falar português. - eu ri
     Acabou que mudamos de assunto, conversamos por mais alguns minutos e subimos. Passei no quarto deles pra dar boa noite ao meu pai e avisar que já tinha chegado. Logo fui para o meu quarto, coloquei um pijama, e me deitei. De repente, se formou na minha cabeça a imagem de estar cantando com Luca no karaokê. Automaticamente eu abri um sorriso. Eu comecei a lembrar de quando cantamos juntos ao piano, lembrei de tudo oque aconteceu comigo enquanto estava junto a ele, até o beijo que ele me deu no rosto a alguns minutos atrás. Não sabia oque eu estava sentindo, mas era algo diferente. Um sentimento forte, que me fez pensar no Luca até eu cair no sono.

-- Alguns dias depois --

     Luca e eu fomos a sua lanchonete favorita, não era muito longe, então fomos caminhando. Conversamos bastante, até que a conversa tomou um rumo meio diferente. Ele começou a falar coisas mais fofas que o normal. Meu coração começou a bater mais rápido, e a cada batida, eu percebia que não podia mais esconder oque sentia. Acho que estou caidinha por você, Luca. Mas será que devo falar? Será que ele me corresponde? E seu eu falar e ele me der um fora? E se na verdade ele tá todo fofo comigo porque ele quer dizer que também gosta de mim? Eu não sei mais oque pensar!
     - Cami? - ele interrompeu meus pensamentos
     - Ah, oi, que foi?
     - Você tava viajando aí.
     - Desculpa. - eu ri - tava pensando numas coisas aqui. Falou algo importante?
     - Ainda não.
     - Ainda?
     - Sim.
     - Ai meu Deus, to até com medo. - eu ri
     - Sabia que eu adoro seu sorriso? Gosto mais ainda de quando eu sou o motivo do sorriso.
     - Para, não me olha assim, tá me intimidando! Sério, para! - sorri de canto de boca
     - Cami... lembra quando eu falei que eu tinha uma quedinha por você mas superei?
     - Ah... sim.
     - Eu menti... não superei.
     Ele sorriu sem jeito e eu também. Ele se aproximou devagar, colocou as mãos em meu pescoço, meus olhos se fecharam lentamente, e quando me dei conta, já estávamos nos beijando. Uma explosão de sentimentos tomou conta de mim, era como nada mais tivesse sentido, como se nada mais importasse no mundo. Só eu e ele.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Hello December: 3º Cap. - Hello Darling


                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Mal acordei e meus pais avisaram que iriamos almoçar fora e conhecer um pouco os lugares onde Matias e sua família costumam ir. Ou seja, Luca também iria no passeio conosco. Visitamos alguns lugares muito lindos, eu me encantei com tudo oque vi, mas só conseguia pensar em parar em algum lugar para almoçar, simplismente porque estava com fome, mas também porque queria falar com o Luca. Eu ainda não acredito que aquele monstrinho virou um gatinho! Não só é bonito como é super gentil.
     Mal acordei e meus pais avisaram que iriamos almoçar fora e conhecer um pouco os lugares onde Matias e sua família costumam ir. Ou seja, Luca também iria no passeio conosco. Visitamos alguns lugares muito lindos, eu me encantei com tudo oque vi, mas só conseguia pensar em parar em algum lugar para almoçar, simplismente porque estava com fome, mas também porque queria falar com o Luca. Eu ainda não acredito que aquele monstrinho virou um gatinho! Não só é bonito como é super gentil.
     Luca escolheu o lugar onde iriamos almoçar, era uma lanchonete bem simples, perto da rua de casa, mas também, toda cheia de decorações Natalinas. Ele disse que era seu lugar favorito para comer.
     Nos sentamos em uma mesa ao ar livre, fizemos os pedidos, e aguardamos conversando.
     – Então... tá gostando do passeio? - Luca me perguntou
     – Sim, claro, os lugares são lindos!
     – E está em ótima companhia. - Francesca falou rindo
     – Modesta né? - Maxi completou
     – Fiquei feliz de não ter que falar inglês com vocês! Oque sei de inglês foi oque eu aprendi na escola e ouvindo músicas. Não saberia conversar! - continuei a conversa
     – Ainda bem que todos somos brasileiros! - Luca sorriu
     – Eu me surpreendi quando você perguntou "Quer biscoitos?". Eu pensei, como assim ele sabe falar português? - eu ri
     – E eu sou muito lerdo, cara! Você falando português, e eu nem me toquei que você era do Brasil. Eu tava achando que você sabia que eu era brasileiro e falou português só pra me facilitar! - Luca riu
     – Já falei que você não funciona direito. Tem alguns parafusos fora do lugar! - Maxi brincou
     – Pra todos nós é mais fácil falar português! Nossos pais adotaram eu e Maxi quando tínhamos 8 anos! Mas até que não foi tão difícil aprender inglês vindo morar aqui. - Francesca continuou
     – E eu tinha 10 anos quando viemos! - disse Luca
     – Me lembro do nosso ultimo dia de aula. Você estava na quarta série! Ou como falam agora, quinto ano! E eu na terceira série, quarto ano. A ultima coisa que me disse foi "Não sinta minha falta, hein!". Depois você sumiu no mundo, eu nunca mais te vi.
     – E você sentiu? - Luca perguntou
     – Nem um pouco! Qual parte do "Eu te odiava" você não entendeu? - eu ri
     – Ah, o Luca nos contou, que você era a Camomila da época que ele morava no Brasil. - Maxi riu
     – Mas agora eu sou um amor de pessoa não sou? - Luca fez cara de cachorrinho que caiu na mudança
     – Não, não, continua insuportavel! - brinquei
     – Poxa, magoei. - ele fingiu estar triste
     – Eu ainda não acredito que aquele baixinho magrelo se tornou esse cara que mais parece um poste!
     – E você era tão gordinha! E eu sempre me senti um anão perto de você! Agora você está magra, e posso te zoar com coisas do tipo "Como está o tempo aí em baixo?". - todos rimos
     Passamos o dia todo conversando, rindo, lembrando de coisas absurdas que fazíamos quando eramos mais novos. E a cada sorriso dele, eu me encantava com seu novo jeito.
     No dia seguinte, logo depois de almoçar, fui até a casa do Luca, era ao lado da casa de meus avós, então não faria tanto esforço. Francesca atendeu a porta muito feliz em me ver. Luca não estava em casa, então fiquei conversando com ela, que me convidou para ver seu quarto. Conversamos bastante, até que ganhei coragem de perguntar aonde Luca estava:
     – É... e o Luca? Porque não está em casa?
     – Ele saiu pra almoçar com alguém, mas não faço a mínima idéia de quem seja.
     – Ah tá.
     – Vem cá... você tá interessada no meu irmão?
     – Que?!?!?! - me espantei com a pergunta
     – Calma, foi só uma per...
     – Tá louca, Francesca?! De onde tirou isso?! Claro que não, eu hein!
     – Calma, respira! - ela riu - Primeiro, comece a me chamar de Fran, dá menos trabalho! Enfim, tem certeza que não sente nada diferente por ele?
     – Francesc... é, Fran. Meu amorzinho. Olha pra mim. A única coisa diferente aqui é que antes eu o odiava e agora somos amigos. Agora ele é uma pessoa legal. Entendeu? - me irritei
     – Mas vocês estavam tão fofos cantando antes de ontem. E vocês conversando ontem, relembrando o passado, cada sorriso lindo que vocês tiravam um do outro.
     – Francesca Reys Cauviglia! - Luca gritou da porta
     – Ops... acho que falei de mais! - Fran ficou sem graça
     – Também acho! - fiquei mais sem graça ainda
     – Você tomou seu rémedinho hoje? Acho que não né! Dá o fora! - Luca se irritou
     – Hey, o quarto é meu! Saia você!
     – E deixar vocês duas sozinhas? Pra você enxer a cabeça da Cami? Nem pensar!
     – Só falei oque eu acho!
     – Você não acha nada!
     – Gente, eu to aqui!!!!! - gritei
     – Desculpa Cami, mas essa menina as vezes me tira do sério!
     – Tá, tá. Tchau, to indo, conversem aí. Mas eu volto! Não pensem que vou esquecer os pombinhos!
     – Francesca!!!!! - eu e Luca gritamos
     – Fui! - ela bateu a porta do quarto
     – Oque você ouviu? - perguntei a Luca
     – Cheguei aqui no quarto a tempo de escutar você dando bronca na Fran por ela ter falado besteira.
     – Você... acreditou noque ela disse?
     – Eu deveria?
     – Não, claro que não. Isso é loucura dela. - eu me assustei com a pergunta
     – Ah tá. - um terrível silencio tomou conta do quarto
     Luca se levantou e pegou o violão da Fran, se sentou ao meu lado, e perguntou se eu queria cantar uma música com ele. Eu não sabia se iria conseguir cantar na frente dele novamente. Mas aceitei. Ele começou a tocar uma melodia familiar.
     – Conhece? - ele perguntou
     – Tomorrow?!
     – Sim! Você me falou que gosta da Avril Lavigne. Imaginei que conheceria essa música.
     – Meu Deus, eu amo essa música! E a Avril!
     – Então vamos lá. - e começou a cantar

"And I wanna believe you
When you tell me that it'll be okay
Yeah, I try to believe you
But I don't
When you say that it's gonna be
It always turns out to be a different way
I try to believe you
"

     Então comecei a cantar junto.

"Not today, today, today, today, today."

     Luca parou de cantar me fazendo cantar o refrão sozinha.

"I, don't know how I'll feel
Tomorrow
Tomorrow
I, don't know what to say
Tomorrow
Tomorrow, is a different day
"

     Cantamos a música até o final. Nos olhamos e Francesa surgiu meio que do nada e começou a aplaudir. Como essa garota é boa em aparecer do além! Ela pulou na cama nos abraçando.
     – Como vocês ficam lindinhos cantando juntos!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Si Es Por Amor - Capítulo 12


~~ Diego ~~

     Não. Não. Não não não não não não não! Nãããããooooo! EU JURO QUE AQUILO NÃO ERA PRA ACONTECER!!!!! Quer dizer, não aconteceu nada. Mas iria! Juro que foi um acidente! Na hora de segura-la eu me desequilibrei então eu dei de cara na cara dela! Eu quase caí! Sério, aquilo não devia acontecer! Somos amigos e nada mais que amigos! Okay, eu admito que eu aproveitei que já tava perto e cheguei mais perto ainda, fechei os olhos e quase a beijei... mas é instinto! É, é isso, instinto de pegador! Isso soou meio machista, mas enfim. Eu tenho que me desculpar! Sei lá cara, alguma coisa dentro de mim falou "Beija ela, beija ela" e outra disse "Mas que sentido isso tem?". Se bem que... ela correspondeu o quase beijo. Bom, eu não quero iludi-la, e não quero iludir a mim mesmo. Somos amigos e ponto! Tenho que me desculpar. Ou simplismente fingir que nada aconteceu. Afinal, nem rolou, foi quase, mas não rolou! Ah, eu não sei de mais nada. Aliás, oque eu pensei teve algum sentido?

~~ Mercedes ~~

     Não sei se é melhor fingir que nada aconteceu, ou se peço explicações. Na verdade, eu deixei. Eu também fiz com que a gente quase se beijasse. Eu também teria que me desculpar. Até agora não entendi porque fizemos isso. Eu tenho certeza que o meu sentimento por ele não passa de amizade. Mas se fosse só amizade eu não ia quase beija-lo. Ai Mercedes, para de complicar as coisas.
     Então vi o Diego encostado numa árvore sozinho e resolvi falar com ele. As apresentações tinham sido ao ar livre, o palco tinha sido montado no gramado. Eu estava prestes a chama-lo quando Valeria passou por mim correndo e pulou em cima do Diego. Ela gritou "Você estava lindooooo" e os dois começaram a se beijar. Ou melhor, a se engolir! Aquela cena deixou claro que o quase beijo foi apenas um acidente. Se aquilo me incomodava? Por incrível que pareça, não. Ver ele beijando a Valeria só me deixou mais aliviada. Agora eu tinha certeza que ele era bonitão de mais para mim.
     Saí de perto e fui falar com o Jorge, faltavam 2 minutos para ele e Valeria subirem no palco. A noite toda se passou e eu e Diego não nos falamos.
     No dia seguinte, de tarde, quase escurecendo, fui até a área da piscina, fiquei lá molhando os pés, pensando na vida. Até que pela primeira vez o Diego se aproximou sem me assustar.
     - E aê Mechi. - ele se sentou ao meu lado
     - Oi Diego.
     - Sobre ontem, é... eu queria te expli...
     - Eu sei, não passou de um acidente.
     - Sim, eu me desequilibrei mas... não acha que teve algo mais?
     - E oque teria? Eu amo o Facu, você tem suas "ficadas" com a Vale.
     - Mas a gente quase se...
     - A gente quase se beijou... mas isso não significou nada pra nenhum de nós. Foi quase, mas não rolou.
     - Nada mesmo?
     - Aonde quer chegar?
     - Só não quero criar falsas espectativas. Nem para você nem para mim.
     - Por favor, vamos mudar de assunto e fingir que isso nunca quase aconteceu?
     - Okay. Me perdoe.
     Aquela conversa parecia não haver sentido. Se eu não sinto nada, nem ele, porque o fato de nos aproximarmos de mais fez com que a gente quase se beijasse? Prefiro nunca mais falar disso. Tá me deixando confusa! Não quero nem sonhar em me apaixonar por um garoto que é desejado por todas. Sofrer por dois? Facu e seu melhor amigo? Pelo amor de Deus! Não né, tenha dó!
     - Fala a verdade... isso realmente não faz parte do seu planinho pra me juntar com o Facu?
     - E como te beijar ajudaria?
     - Sei lá, fazendo ciúmes talvez.
     - Espera...é isso! Temos um plano!
     - Ai meu Deus...
     - Podemos tentar fazer ciúmes no Facu fingindo que tem alguma coisa entre nós!
     - Oque? Tá louco? Nem pensar!
     - Não custa nada tentar!
     - Mais provável ele ficar com ciúmes de você doque de mim! Não, sério, não vamos fazer isso!
     - Ah, por favor! - ele me chacoalhou
     - Menino problemático, eu hein! Quase coloca sua boca na minha e agora quer a minha na do Facu!
     - Ah não cara, você falou que não íamos mais falar disso!
     - Sorry, não resisti. - eu ri
     - Você já parou pra pensar que nossa amizade só começou justamente por eu querer juntar vocês?
     - É né, porque você é um amor de pessoa e quer ver seu amiguinho muito muito feliz. - ironizei
     - Tipo isso! - ele riu
     - Oi pessoas. - Facu chegou interrompendo nossa conversa - to vendo que vocês estão se dando bem.
     - Muito bem mesmo! - Diego me olhou como quem diz "isso é sinal de ciumes" mas o ignorei.
     - E como anda o coração? Tá melhor com aquela parada da Martina? - perguntei
     - Sim, estou melhor, mas ainda sofrendo.
     - Seja forte, amigo. - eu olhei pro Diego com cara de "eu avisei que não tinha nada de ciúmes".
     - E você Diego? Continua dando uns pega na Valeria? Ainda não aprendeu a amar?
     - Nossa, você é tão discreto! - a pergunta pareceu incomodar Diego
     - Que foi Diego? Não passa da verdade! - eu respondi
     - Ah, então acha que estou errado em não querer compromissos?
     - Não vou dizer que concordo com você sair pegando geral!
     - Pelo menos eu não sofro por alguém que nunca vai me pertencer!
     - Indireta é? - eu e Facu falamos juntos
     - Espera, você anda sofrendo por alguém? - Facu me olhou surpreso e Diego fez a mesma cara de "ele está com ciúmes, to falando".
     - Não! Claro que não! De onde tirou isso? Tá louco? Eu hein.
     - Então porque falou que era indireta?
     - Por você! Você sofre pela Tini, foi por isso.
     - Ah, sim. Mas porque o drama quando...
     - Nada Facu, esquece. Você sabe que meu coração só tá aberto pra amigos, família e ídolos! Não tenho tempo de me apaixonar.
     - Até parece que você controla isso! To falando, logo logo você se apaixona pelo Diego!
     - Facundo!!!!! - eu gritei
     - Viu, até ele sabe que nenhuma garota resiste aos meus encantos. - Diego abriu um sorriso realmente encantador
     - Ah, vai começar...
     - Então Facu, sabia que ela ficou toda envergonhada, vermelha igual uma maçã, quando eu mostrei meu corpo super sensual pra ela?
     - Que isso hein Mercedes, já tá podendo ver o tanque? Que menina assanhada! - Facu brincou
     - Parem com isso, babacas! - eu não sabia se ria ou brigava
     - Não, mas agora é sério... que história é essa de você tirar a roupa pra ela? - ele ficou sério
     - EPA, EPA, EPA, CALMA AÊ QUE FOI SÓ A BLUSA! - eu expliquei exaltada
     - Que foi Facu, tá com ciúmes da Mechi? - Diego brincou já querendo proceguir com o plano
     - Que absurdo!!! - Facu respondeu
     - Como a nossa conversa chegou a esse ponto? - eu não sabia se ria ou se jogava eles dentro da piscina.
     Depois de muita conversa fiada e muitas risadas, resolvemos ir jantar, mas antes eu precisava de um banho. Fui para o meu quarto, e Diego foi com Facu para o refeitório.
      Assim que saí do banho, chamei as meninas para irmos pegar algo para comer. Quando eu ia descer as escadas, Diego aparece lá em baixo segurando uma bandeja com algumas comidas.
     - Posso roubar a amiga de vocês?
     - De novo? - Alba riu
     - Alba!!! - chamei sua atenção continuando a descida
     - Que foi? Você e o Diego adam grudados esses dias!
     - Isso é verdade. Ultimamente você anda mais com ele doque com a gente! - Lodo completou
     - Isso tudo é ciúmes? - Diego brincou
     - Caramba Diego! Você tá sismado com isso de ciúmes!
     - Ciúmes dessa loira azeda? Nunca! Pode ficar com ela todinha pra você! - Lodo brincou
     - E faça bom proveito! - Alba continuou
     - Pode deixar, eu vou aproveitar sim. - Diego abriu um sorriso safado
     - Mas gente, quanta ousadia! - Alba e Lodo tiveram uma crise de risos
     - Diego!!! Dá pra parar?! E vocês duas, parem de rir! Mereço! Ah, vou dormir que é melhor! - me irritei um pouco com a brincadeira
     - Não, não, pode vindo aqui! - Diego me puxou
     - Adeus pombinhos! - Lodo implicou mais uma vez
     - Ainda te mato, garota! - respondi
     Fomos até uma das varandas, e sentamos na mesa. Enquanto jantávamos ele começou a falar:
     - Eu estava conversando com o Facu e ele admitiu que se incomoda com nossa proximidade.
     - Ah tá, acredito. - ironizei
     - É sério! Ele me pediu pra não te contar, mas eu precisei!
     - Hum... vou ver se acredito.
     - Ele disse que tem medo de que a gente se aproxime muito e esqueça ele. Ele disse que por mais que não demonstre, ele gosta muito de ter você perto. E eu sou o melhor amigo dele, também não quer me perder. Eu pensava que ele não te valorizava mas me enganei.
     - Todos pensavam! Mas porque tá me dizendo isso?
     - Primeiro porque sabia que você ia gostar de ouvir isso. Segundo porque isso quer dizer que nosso plano vai funcionar!
     - Ah não! Não começa com isso de plano de novo! Pelo amor de Deus!
     - Cara, a gente nem vai precisar se esforçar muito! Só dele ver que somos tão amigos ele vai sentir ciúmes, e vai perceber o quão importante você é! Você só vai ter que se afastar um pouquinhozinho dele.
     - Como se fosse fácil ficar longe dele. - meu olhar entristeceu
     - Mas vai valer a pena!
     - Okay, okay. Desde que a gente não tenha que fingir estar namorando tá ótimo.
     - Namorando? Deus me livre! Eu fico, pego, qualquer coisa do tipo. Nada de relacionamentos sérios! Acho que seria suspeito de mais a gente namorar.
     - E a Vale? Você fica com varias garotas mas, a Vale, sei lá, parece que é prioridade.
     - A diferença entre a Valeria e as outras, é que ela a cima de tudo é minha amiga. Ela é uma das pessoas que eu mais confio.
     - E em mim... você confia?
     - Claro! E você confia em mim?
     - Com certeza.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Hello December: 2º Cap. - Hello My Friend


                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Uma hora se passou e o tal Luca não dirigiu a palavra até mim. Alguém tocou a campainha. Uma menina de cabelos negros entrou na casa falando com todos. Ela meio que pulou em cimado Luca. Será que é namorada dele?
     - Olá, você deve ser a Camila né?
     - Sim, sou eu, e você é?
     - Francesca. A Olga e o Ramallo falam muito de você e de sua mãe.
     - Ah, sério?
     - Sim, a Olga mais ainda! Ela ficou muito feliz por vocês terem vindo!
     - Ah, eu também fiquei muito feliz de ter vindo, tirando a parte do avião. - eu ri
     - Eu só viajei de avião uma vez, vindo para cá. E eu era muito pequena então nem lembro.
     - E você é oque dos meus avós?
     - Visinha! Seus avós são como avós para mim! Para Luca e Maxi também.
     - O Luca é seu...
     - Irmão!
     - Ah sim, e quem é Maxi? Outro irmão?
     - Sim! Eu e Maxi somos gêmeos. Fomos adotados 1 ano antes de virmos morar aqui.
     - E vocês moravam aonde?
     - Bom, o meu pai, morou um bom tempo no Brasil, mas quando ele conheceu minha mãe, ele quiz voltar para cá. Ela é brasileira e o Luca também. O pai do Luca morreu quando ele era mais novo. A mãe dele estava solteira, se apaixonou pelo nosso pai, eles nos adotaram, e agora somos uma grande família feliz de New York. - ela riu
     - Sou brasileira também! Que mundo pequeno! - nós rimos
     - Daqui a pouco meus pais chegam com o Maxi.
     - Quem são seus pais?
     - Jade e Matias. E adivinha! O Matias é amigo de infância da sua mãe, na época em que ela morava em NY, não é legal?
     - Ah, nossa, minha mãe tá toda feliz de reencontra-lo!
     - Vejo que conheceu a tagarela da minha irmã! - Luca chegou abraçando Francesca
     - Coitada, ela é super simpática!
     - Viu? Eu sou um amor de pessoa!
     - Deixa eu adivinhar, ela te contou que nossos pais se conhecerem no Brasil e blá blá blá?
     - Exatamente! - eu ri
     - Mas ela é brasileira como nós!
     - Ah, sério? - Luca me olhou surpreso
     - Sim, e nunca saí do país.
     - Pra tudo tem uma primeira vez né. - Luca se sentou no tapete
     - Eu gostei de você Camila, qual a sua idade? - Francesca perguntou
     - 16, e vocês?
     - Tenho 15 e o Luca 17... Ops, meu celular tá tocando, já volto. - Francesca se levantou e foi para algum lugar da casa que eu ainda não tinha visto.
     Ficou um enorme silencio entre mim e o Luca, só podíamos ouvir a conversa dos outros a laleira. Não sabia oque dizer para quebrar o silencio.
     - Então... é... você quer se formar em que? - consegui dizer algo
     - Vou fazer faculdade de música.
     - Sério? Meu sonho é trabalhar com música também,ou ser escritora. Ainda não decidi.
     - Sabe tocar algum instrumento?
     - Comecei as aulas de bateria a uns 4 meses. E depois vou fazer aulas de violão.
     - Sei tocar piano, violão e guitarra. - o silencio voltou
     - Você canta? - nós dois perguntamos ao mesmo tempo. Nos encaramos e rimos.
     - Eu... canto um pouquinho. Nada sério. - ele falou sem jeito
     - Não conta pra ninguém hein! Mas eu sonho em ser cantora proficional! - eu respondi
     - Porque não?
     - As pessoas podem me julgar por... não cantar tão bem quando gostaria.
     - Já te viram cantar?
     - Cantar mal, sim! Porque não consigo cantar em público.
     - Vem aqui comigo? - ele se levantou e estendeu a mão
     - Aonde?
     - Vem logo que você vai saber.
     Luca me levou até uma sala perto da escada, e nessa sala haviam vários instrumentos musicais. Ele se sentou ao piano e começou a tocar uma melodia bem familiar para mim. Então começou a cantar:

"I got a lot of things
I have to do
All these distractions
Our future's coming soon
"

     Era Just Wanna Be With You, do High School Musical 3, e meu Deus, como a voz desse garoto é linda, e como toca piano bem! Não me contive e cantei:

"We're being pulled
A hundred different directions
But whatever happens
I know I got you
"

     Então começamos a cantar juntos:

"You're on my mind, you're in my heart
It doesn't matter where we are
Well be alright
Even if were miles apart
"

     Demos uma pausa, e alguém colou para tocar o instrumental da música bem onde paramos. Me assustei, mas era Francesca. Luca me tirou para dançar, e começamos a cantar o refrão:

"All, I wanna do
Is be with you, be with you
There's nothing we can't do
Just wanna be with you, only you
No matter where life takes us
Nothing can break us apart
I just wanna be with you
"

     Cantamos e dançamos sem parar, e só parei pra olhar Francesca uma vez, que estava com um lindo sorriso de orelha a orelha nos observando. A gente rodava, subia no piano, corria pela sala, fazia tudo oque tinha direito. Eu nunca me senti tão livre ao cantar. Senti que não tinha mais medo de mostrar que cantar era parte de mim. Ao fim da música cantávamos bem devagar e suavemente "I just wanna be with you". Paramos um de frente para o outro, em pé em cima do banquinho do piano, olhos nos olhos, ele com as mãos em minha cintura, e eu com as mãos em seus ombros.
     Francesca começou a aplaudir, eu tinha até me esquecido que ela estava lá. Descemos no banco.
     - Obrigada por tornar isso possível... me fazer cantar na frente de alguém.
     - Não precisa agradecer, Camila. Você também fez um favor para mim.
     - Camila! - meu pai berrou da sala
     - É... eu vou lá... meu pai tá me chamando. Obrigada... de novo. - eu sorri e sai da sala
     Alguns minutos depois, Luca e Francesca foram para casa ver se os pais já haviam chegado, e eu fui para meu quarto. Pouco tempo depois alguém bateu na porta.
     - Entra!
     - Com licença.
     - Luca?
     - Ficou meio chato lá em baixo. Meus pais chegaram sua mãe tá toda emocionada. Vim... te fazer companhia. Posso?
     - Claro.
     - Você não pareceu ter medo de cantar. E cantou muito bem! - ele riu
     - Eu não sei oque aconteceu, eu... senti que com você eu podia.
     - Já catei algumas, poucas vezes, em público. Cantei bem mas, nunca me senti tão a vontade como me senti com você.
     - Ah, para, eu to ficando sem graça, para, sério!
     - Ué, só to falando a verdade! - silencio no quarto
     - Podemos ser amigos? - quebrei o silencio
     - Já não somos?
     - Ah, sei lá, te conheci hoje.
     - Okay, Camomila, somos oficialmente amigos! - ele riu
     - Espera... Camomila...
     Foi como se eu tivesse levado uma martelada na cabeça. Comecei  a ligar os fatos e entender porque a sensação de já conhecer esse garoto. A porta estava entreaberta e a mãe dele, Jade, ia entrar no quarto para falar comigo quando ouviu minha mãe gritar seu nome e ela saiu correndo. E foi aí que eu tive certeza de quem era Luca. Luca, Brasileiro, um ano mais velho doque eu, Camomila, e a Jade!
     - Reys?
     - Oque?
     - Seu sobrenome! É Reys? Luca Reys?
     - Sim, mas porque a pergunta? E como sabe?
     - AI MEU DEUS. EU NÃO ACREDITO.
     - Oque foi? Tá me assustando, Camila!
     - Você é o Luca Reys, que estudava na mesma escola que eu lá no Rio de Janeiro! O magrelo baixinho que vivia implicando comigo porque eu era gordinha e falava errado por causa do aparelho! Eu Sou Camila Torres, lembra? Camomila! Você vivia me xingando, me botando defeitos, eu saia correndo pelo pátio pra bater em você! Aí você falava que eu precisa tomar chá de camomila pra me acalmar! Por isso me chamava de Camomila! Não acredito que é você!
     - MAS OQUE?!?!?! - ele arregalou os olhos e levantou da cama
     - Mas como aquilo se tornou isso?! Você era tão idiota e agora é tão educado e gente boa!
     - Não sei se levo isso como um elogio.
     - Não sei se te abraço ou aproveito pra te bater mais! - nós rimos
     - Como não percebi que era você?!
     -  Mas gente, socorro, eu te odiava!
     - E não me odeia mais?
     - Te odiava até descobrir que esse Luca é aquele Luca.
     - Eu nunca te odiei.
     - Sério? Mas porque me zoava tanto?
     - Eu... eu... ah cara, você era diferente. Não era toda cor de rosa, curtia coisas de menino, sei lá, eu achei que te zoar fosse um jeito de chamar sua atenção e ao mesmo tempo esconder oque eu sentia. Eu nunca vi nenhum problema em você ser gordinha... mas o lance do aparelho era engraçado. - ele riu
     - Nossa... nem sei oque dizer e... obrigada pela sinceridade com o lance do aparelho. - eu ri também - mas... oque você sentia exatamente?
     - Eu... eu tinha uma quedinha por você. - ele sorriu sem graça e o quarto ficou em total silencio. - mas eu superei, não se preocupe.
     Meus pais trouxeram Jade, Matias e Maxi ao meu quarto para falar comigo. E Luca foi embora.

Hello December: 1º Cap. - Hello New York


                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Oi, meu nome é Camila Torres, moro no Rio de Janeiro, mais precisamete na Tijuca, e tenho 16 anos. Oque eu faço da vida? Sou estudante, e nessa primeira semana de Dezembro eu peguei meu boletim, e descobri que passei direto para o terceiro ano do ensino médio. O Segundo ano foi difícil, tirei muitas notas ruins, mesmo me matando de estudar. Mas passei! Meu sonho? Ser cantora. Não necessariamente famosa no mundo todo, mas poder trabalhar com música seria ótimo. Ou escritora, as vezes bate um criatividade e dá vontade de inventar histórias. Oque eu to fazendo aqui? Bom, estou dentro de um avião, escrevendo isso tudo em um papel pra ver se me acalma. Caso o avião caia e eu morra, gostaria que alguém soubesse quem eu sou. Qual é o destino desse avião? New York! Sim, Nova York, vou passar o Natal em Nova York, não creio! Meus avós maternos moram lá, e alguns outros parentes da minha mãe também.
     - Oque está fazendo, filha? - minha mãe interrompeu minhas anotações
     - Nada não mãe. Só... tentando fazer algo que alivie o nervosismo de estar a sei lá quantos metros do chão. - guardei o caderninho e a caneta que eu estava escrevendo na mochila
     - Aviões são mais seguros que carros e...
     - Eu sei, eu sei. Mas eu ando de carro desde sempre. Não tem como ter medo. Mas enfim... você trouxe aquele remédio pra dormir? Seria uma boa. Se o avião cair, a gente vai morrer e eu nem vou sentir.
     - Camila! - ela se afogou em risos
     - Que foi? A gente corre esse risco!
     - Procura aê. - meu pai me deu uma bolsinha da minha mãe onde estava o remédio. Tenho certeza que seria melhor assim. Fazer uma autobiografia não estava ajudando.
     - Só quero acordar quando a gente estiver em terra firme. Se eu acordar.

-- Algumas horas depois --

     Senti que estava em um ambiente diferente, espero que eu já esteja fora do avião, e não no céu junto com os falecidos (ou no inferno, quem sabe?). Meus olhos ainda embassados começaram a se abrir, e vi que eu estava dentro de um carro, com a cabeça deitada em uma mochila, e minha mãe do outro lado do banco de traz.
     - Olha, a Bela Adormecida acordou! - minha mãe exclamou
     - Viu filha? O avião não caiu! - meu pai que estava na frente se virou para me ver
     - Mas poderia. - falei ainda sonolenta esfregando os olhos
     - Eu ia te perguntar como foi o voo, até que vi o seu estado quando peguei vocês no aeroporto. - meu avô disse sem olhar para mim pois estava dirigindo
     - Ah, oi vovô! Que saudade de você! E cadê minha vó? - falei sorrindo
     - Ela ficou em casa. Já está preparando um lanchinho para vocês.
     - E onde está o resto da bagagem? Acho que não caberia tudo nesse porta malas. A tralha é pra passar as férias inteiras aqui!
     - Seu tio veio com o carro dele buscar as outras malas!
     - Ah sim.
     - Já estamos quase chegando em casa. - ele sorriu
     Alguns minutos depois entramos em uma rua, totalmente residencial, nada de comercio, apenas muitas e muitas enormes casas cobertas por neve, todas enfeitadas com sinos, renas, anjos, bolas coloridas, estrelas, bengalinhas doces, bonecos de neve, pisca-pisca, Papai Noel, muito brilho e pinheirinhos de Natal. Uma dessas casas era a de meus avós. Logo paramos o carro, e meu avô disse contente "Lar doce lar". Ao lado, a casa de um amigo de infância da minha mãe, na época em que ela morava aqui. Se eu os conhecia? Provavelmente não!
     Entramos na casa de meus avós, era bem grande, e muito bonita. Lá, além de morar os meus avós Ramallo e Olga, morava meu tio Beto com sua esposa Jaqueline. Então você se pergunta: porque minha mãe deixou os Estados Unidos para morar no Brasil? Simples, ela nasceu no Brasil, e com 5 anos ela veio morar em NY com os pais. Um dia, já adulta, ela resolveu fazer uma viagem com alguns amigos e amigas de NY. Pra onde foram? Pro Brasil! Quem ela conheceu no Brasil? Meu pai! Aí não teve jeito né. Muito menos depois que eu entrei na história.
     Desde que eu nasci minha mãe nunca voltou aos EUA, imagino que ela deve estar com muitas saudades daqui. Desde que eu nasci, meus avós e meus tios vieram passar o Natal com a gente no Brasil umas... 6 vezes. Agora foi a nossa vez de visita-los. Porque agente não veio antes? Acho que todos já perceberam que eu tenho pavor de avião.
     Assim que entramos meu tio Beto chamou Jaqueline e minha avó, que estavam na cozinha. Eles tem empregada, mas quando se trata de visitas importantes minha avó gosta de fazer a comida. As duas vieram correndo nos receber, com muitos beijos, abraços, e sorrisos. Minha avó mostrou o quarto de visitas em que ficariam meus pais, que tinha uma porta que dava para o meu. O quarto dos meus pais, tinha as paredes todas pintadas de branco, e apenas a parede da cama pintada de vermelho. O meu, já era um papel de parede, que fazia parecer que o quarto era realmente feito de madeira. Descemos as escadas, Jackie nos chamou para o lanche, me sentei numa poltrona, e fiquei alí destraida.
     - Quer biscoitos? - uma voz masculina muito suave interrompeu meus pensamentos - são de chocolate!
     Eu levantei devagar o rosto em sua direção, agradeci, e peguei um dos biscoitos em forma de boneco.
     - Só um? Pega mais! - ele sorriu e eu peguei mais 2 biscoitos
     Ele saiu com a bandeja oferendo biscoitos aos outros. Eu tive uma sensação estranha ao vê-lo. Ele tinha algo familiar. Mas acho que se eu já tivesse visto um cara lindo como ele, eu lembraria. Eu ia comendo os biscoitos enquanto meus olhos seguiam aquele misterioso garoto. Então minha avó pediu a ele que trouxesse bebidas as visitas enquanto ela traria o bolo. Eu pedi a ela um achocolatado, pra mim, um achocolatado é essencial em um lanche da tarde.
     Enquanto eu me deliciava com o lanchinho da vovó, o menino puxou uma cadeira e se sentou na minha frente.
     - A gente já se conhece?
     - Ah... acho que não. - respondi sem jeito
     - Prazer, meu nome é Luca.
     - O prazer é todo meu.
     - E você? Como se chama?
     - Camila.
     - Luca, vem aqui me ajudar, por favor! - minha avó gritou da cozinha
     - É um lindo nome. - ele se levantou da cadeira e foi correndo para a cozinha.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Nova fanfiction: Shortfic Natalina - Hello December!

Sinópse:

     Camila Torres, é uma menina de 16 anos, que sai de seu apartamento na Tijuca, Rio de Janeiro, para passar as férias (mais precisamente o Natal) com seus avós e outros parentes que moram em Nova York. Cami nunca saiu do páis, morre de medo de avião, mas ela e seus pais conseguem chegar bem ao lugar onde o Natal é mágico.
     O Natal de Nova York é lindíssimo, ela se encanta com tudo oque vê, mas no meio de tanto brilho, bolas de Natal, renas, e bonecos de neve, um garoto chamado Luca Reys é oque mais chama sua atenção. Alto, bonito, e muito simpático. Ela sente que já o conhece de algum lugar, mas como? Eles moram em países diferentes! O resto você terá que ler para saber.

Notas:

- Essa fic terá mais ou menos uns 4 capítulos.
- Os personagens são de Violetta mais a história não tem nada a ver.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Si Es Por Amor - Capítulo 11


~~ Diego ~~

     Sexta-feira, ao final da aula da Clara, chamei Mercedes para conversar enquanto Rodrigo não vinha.
     - Hey Mechi.
     - Ah, oi Diego.
     - Como vamos fazer para ensaiar no fim de semana?
     - Se quiser ir lá em casa hoje...
     - Nossa que honra, ir na casa da loira mais talentosa do Studio! - eu ri
     - Mereço. - ela falou entre risos
     - E nos outros dias?
     - Bom... - ela controlou a risada - Sábado a gente ensaia tipo, cada um por si, cada um no seu canto, e no Domingo podemos nos encontrar novamente.
     - Okay, mas aonde?
     - Sei lá, você decide! Já decidi o ensaio de hoje, agora é com você!
     - Depois eu vejo e te falo.
     - Tá bem.
     - Bom dia alunos. - Rodrigo chegou

~~ Mercedes ~~

     Meio dia, minha mãe veio me buscar. Ou melhor, veio nos buscar. O Diego foi conosco para casa. Conversamos bastante no caminho, e descobri que ele tem bom gosto musical. Coloquei  o CD American Idiot do Green Day no carro e não parávamos de cantar junto.Chegando em casa, almoçamos, descançamos um pouco, e começamos a ensaiar.
     Quando já estava escurecendo, Diego ligou para alguém vir busca-lo lá em casa. E assim que acabou a ligação, ele se sentou ao meu lado, na rede da varanda do meu quarto.
     - Acabou que nem tivemos tempo para pensar em nosso plano. - ele sorriu de canto de boca
     - Oi? - por um instante não soube doque ele falava, logo me lembrei que ele queria me juntar com o Facu. - Ah tá, bendito plano.
     - Sabia que eu to gostando muito de ser seu amigo?
     - Ah, valeu. - fiquei sem jeito
     - Sério mesmo. O Facu é muito burro de não valorizar sua amizade.
     - Sei que tenho milhares de defeitos mas, sei que cumpro perfeitamente meu papel de boa amiga!
     - Ainda não deu tempo de reparar nos seus defeitos. Até agora oque sei é que você é muito estressadinha. - ele riu
     - Pior que sou mesmo.
     - E você se assusta muito fácil, meu Deus.
     - Claro! Você sai invadindo o meu quarto tarde da noite ou cedo demais! Sendo que nem na ala das meninas você podia ir! Como não quer que eu me assuste? As vezes dá vontade de bater em você com um taco de basebol! - nós rimos
     - Esse treco machuca, cara. Tem certeza que quer estragar um rostinho tão bonito como o meu?
     - E o seu maior defeito é ser muito, muito, MUITO convencido!
     - Eu posso! - ele riu - olha esse rosto, esse cabelo, esse sorriso, esse olhar, esse corpinho sensual - ele levantou a camisa - me diz que você não ia querer alguém como eu todinho pra você?
     - Diego! - fiquei sem graça diante doque ele disse, e de seu tanquinho extremamente sedutor.
     - Que foi?
     - Abaixa essa camisa! Eu hein, isso é pergunta que se faça pra uma amiga?!
     - Caramba, você tá vermelha. Que bonitinha. Ela ficou sem graça por causa da minha perfeição.
     - Diego! - eu comecei a rir e tapei o rosto com as mãos
     - Vem cá! - ele me abraçou - calma Mechi, não vai mais parar de rir não?
     - Não dá. - falei sem conseguir parar de rir
     - Menina estranha, eu hein! Te conheço?
     - Ca-cala a boca! - eu chorei de tanto rir
     - Meu Deus, essa garota precisa ser internada! - Diego mexia em meus cabelos enquanto minha barriga doía de tanto rir.
     - Eu re-realmente n-não sei po-porque eu to rindo!
     - Muito menos eu! - ele se levantou
     Depois que controlei meus risos, fui até a cozinha beber água. Uns 20 minutos depois de ensaiar mais um pouquinho, a mãe do Diego chegou para leva-lo de volta para sua casa. Era uma mulher alta, simpática, de cabelos negros, e com um lindo sorriso. Até muito parecida com o filho.
     No sábado eu ensaiei sozinha. De tarde, lá pra umas 4 horas, o Facu me chamou no chat do facebook, me mandou um video dele ensaiando Te Creo com o Nicolás. Mas a Alba não estava no video pois também decidiu que no sábado ensaiaria sozinha.
     Eu me senti hipnotizada. Não tirava os olhos da tela do computador. Nem piscava. Era tão lindo ver o Facu cantando uma música tão romântica. Ele cantava olhando diretamente para a câmera da webcan, oque dava impressão de que ele cantavam olhando para mim. Meu coração batia tão rápido. Eu senti tantas coisas naquele momento, que nem saberia explicar. O triste era saber que nada daquilo era dedicado a mim. Era um simples trabalho. Talvez ele até pensasse na Martina enquanto canta. Mas não em mim.
     Escorreu uma pequena lagrima em meu rosto, que pingou no teclado do computador. Eu estava tão emocionada em vê-lo cantar e tão triste em saber que não era para mim. Então ele me perguntou no chat:

Facu:
Oque achou? Estamos indo bem?

Mechi:
Claro! Estão perfeitos! Fiquei até emocionada! rsrs
Facu:
Valeu! Pena que a Alba não veio. Com os 3 a música ficou bem melhor!
Mechi:
Imagino, a voz dela é tão doce *-*
Facu:
E como está indo com o Diego?
Mechi:
Estamos muito bem, temos uma sintonia incrível!
Facu:
Cuidado pra não se apaixonar! Aquele jeitão de galã de novela adolescente faz as meninas pirarem.
Mechi:
Pode deixar. Mesmo que eu quisesse, eu não conseguiria me apaixonar por ele.
Facu:
Porque? Oo

     Mercedes sua burra! Pra que falou isso? E agora, oque vou dizer pra ele? "Porque eu te amo Facu, e não consigo amar ninguém que não seja você!"? Pelo amor de Deus né! Eu mereço um tapa na cara! Respondi que tinha que desligar, e ele ficou sem a resposta do porque não se apaixonar pelo seu querido amigo galã de novela. Não podia dizer a verdade. Eu não queria que ninguém soubesse do meu sentimento pelo Facu. Muito menos o próprio Facu.Voltei a ensaiar, pensando noque dizer caso ele me perguntasse aquilo novamente. Acho que diria simplismente "Não é da sua conta". Mas sei lá... só eu acho isso meio infantil?
     No domingo, o Diego voltou a minha casa. Era oque tínhamos decidido na sexta. Ensaiamos pra valer! Demos tudo oque tínhamos no canto e na encenação. Era pra ser perfeito no ultimo dia de ensaio, para que no dia da apresentação, fosse mais doque perfeito! Afinal, aquele trabalho valia aprovação ou reprovação, e seria para todo o On Beat Studio assistir. Ao final da música, ele iria me rodar, e eu cairia em seus braços, com uma boa distancia entre nossos rostos, a distancia suficiente para eu não cair na tentação de me apaixonar por um dos garotos mais desejados do Studio e ser jogada fora. Segundo o Facundo, era perigoso demais eu ficar muito perto do Diego.
     Chegou segunda-feira, o dia da apresentação. Todos estavam muito nervosos e muito bem vestidos. Eu estava com um vestido preto tomara-que-caia, curto na frente e comprido atraz, com uma gargantilha preta com um pingente de cruz preta, luvas pretas que deixavam os dedos para fora, e saltos pretos lindíssimos que pareciam sapatinhos de boneca. Samuel veio com uma piadinha de que eu estava indo para o velório de tanta coisa preta que eu estava usando. Fazer oque né? Preto é uma linda cor. Diego, estava gatíssimo, com uma blusa cinza que parecia ter as mangas arrancadas, com varias coisinhas indecifraveis escritas de vermelho bem escuro. Um jeans azul desbotado, com um dos joelhos rasgados, pulseiras com "espinhos" e coturnos pretos IN-CRÍ-VEIS. Queria eu poder calçar um coturno lindo daqueles. Dane-se que aquele era masculino!
     Seriamos a penúltima dupla a se apresentar, e os primeiros foram o trio Alba, Facu e Nico. Nem preciso dizer que me emocionei com eles. Me perdoe Alba, você é uma das minhas melhores amigas, mas minha atenção foi 80% para o Facu.
     Chegou a minha hora. Jorge e Valeria que seriam a ultima dupla, vieram nos desejar boa sorte. Valeria me deu um abraço, e um beijo no rosto do Diego, e Jorge me abraçou forte, desfazendo o abraço com um beijo na minha testa. Subimos no palco. E a batida da música começou a rolar.
     O Diego começou a cantar sozinho para a platéia, depois eu comecei a andar pelo palco, ainda sem cantar. Então o Diego começou a cantar para mim. Logo depois que ele acabou o refrão ele me chamou para cantar, e eu cantei sozinha um pedaço, como se eu estivesse me apaixonando por ele também, então no refrão começamos a dançar. Estava tudo correndo perfeitamente bem como nos ensaios. Chegamos ao fim da música, onde cantávamos juntos.

"Y es que yo soy asi
Con solo una mirada
Vas a quedar de mi
Por siempre enamorada
"

     Até que na hora de cair em seus braços e manter uma certa distancia, nos aproximamos demais. Nossos rostos ficaram colados. Ele me segurando, e eu com as mãos em seu pescoço. Meus olhos começaram a fechar e nossos lábios estavam a meio centímetro de distancia. Até que centenas de aplausos me fizeram olhar para a platéia, e separar o possível beijo que iria acontecer alí. Eu realmente não sei oque eu queria.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Si Es Por Amor - Capítulo 10


~~ Mercedes ~~

     Eu tava rezando para que meu par fosse o Facu, mas o Diego tá sendo legal comigo esses dias então acho que vamos fazer um bom trabalho.
     - Não ficou feliz, loira? - ele chegou do nada
     - Ah, claro que fiquei, mas, você sabe que...
     - Você queria mesmo era o Facu.
     - Exatamente. - percebi que estávamos sozinhos, me despedi de Diego e sai da sala.
    As horas se passaram e todos continuavam ansiosos para saber que música iriam cantar e começar logo a ensaiar. Assim que bateu o sinal de meio dia, todos foram para a sala principal, pois Kelo nos diria as músicas.
     - Não vou nem perguntar se posso falar, porque sei que estão curiosos! - Kelo sorriu e pegou um papel com anotações, provavelmente as músicas de cada dupla. - Como eu já havia dito, algumas músicas serão mais melosas, felizes, outras serão tristes, dramáticas, mas todas falam de amor.
     Nem prestei atenção no nome das músicas, apenas no Samuel e na Candelaria que iriam cantar Love The Way You Lie, da Rihanna com participação do Eminem. Então ouvi meu nome:
     - Diego e Mercedes, irão cantar Yo Soy Así. - Kelo nos procurou no meio dos alunos - Então é isso, oque acharam da seleção das músicas?
     Todos começaram a falar de uma vez só, e parecia que todos tinham amado. Eu adoro a música que vamos cantar, é tipo um cara que se acha o gostosão, que depois de quebrar milhares de corações, se apaixona de verdade, e até para conquistar a menina, ele não deixa de se achar.
     - Já avisei que são 5 dias de ensaio né? Então segunda-feira quero ver vocês preparados! Tchau gente, bom almoço. - Kelo saiu da sala
     - Então Mechi, 3 horas tá bom pra gente começar a ensaiar?
     - Ah, pode ser.
     Assim que deu a hora, fui me encontrar com Diego em uma das salas de canto, que era uma das poucas salas disponíveis no momento. Me sentei em uma das poltronas e esperei o Diego chegar. Ele atrasou uns 8 minutos.
     - Hey Mechi, já está aí? Achei que eu chegaria primeiro. O Facu me disse que você vive se atrasando para os compromissos!
     - Nem falo nada.
     - Então, vamos começar.
     - Olha, eu pensei que eu poderia entrar apenas na parte do "Escucha y siente, mil mariposas hay dentro de mi...". Você cantaria o primeiro refrão sozinho. Como o Kelo repara muito na interpretação, seria como se você estivesse se declarando para mim, enquanto eu ando pelo palco ou algo do tipo.
     - Seria como se eu te chamasse pra cantar junto comigo depois.
     - Isso! Então eu paro de cantar, tímida, e você continua no "Entiende y siente, estoy aqui la fiesta va a empezar...". E depois nós cantamos juntos "Escucha mi canción...". Eu canto a primeira parte do refrão e você a segunda. Depois eu canto "Todo cambia..." até "mi mundo completa", e você entra no "Te hare mi princesa, hoy con um beso".
     - E o refrão nós cantamos igual ao outro.
     - Exato!
     - Mas no ultimo "Y es que yo soy asi, con solo una mirada..." a gente canta junto! Que tal?
     - Perfeito!
     Começamos a ensaiar alguns minutos depois, muito empolgados. Sentamos nas poltronas e cantamos. Amanhã começaríamos a parte da encenação. Eu nunca reparei que o Diego cantava tão bem.
     Na quinta-feira tínhamos os 2 primeiros tempos vagos. Ou seja, duas horas a mais para dormir. De repente, algo desperta meu sono, um som de maçaneta e de porta se abrindo, mas continuo de olhos fechados. Eu nem sabia se já havia amanhecido. Escuto o som de alguns passos, esfrego os olhos e viro para olhar. Diego estava prestes a sentar em minha cama quando eu me assustei em vê-lo e pulei da cama.
     - Diego! Mas que saco essa sua mania de aparecer do nada! Cadê as meninas? Porque está aqui? Que horas são?
     - Bom dia pra você também. - ele sorriu
     - Retardado! - eu continuava com a mão no peito, por causa do susto, então me sentei na cama.
     - Não queria te assustar assim mas... você estava dormindo ou não?
     - Estava até o barulho da porta me acordar.
     - Ah tá. Bom, são 9 horas, queria saber se você quer ensaiar um pouco antes da aula do Ramos.
     - Agora que já me acordou, é, pode ser.
     - Eu achei que já estava acordada, Lodo e Alba já estavam tomando café.
     - Evito acordar quando tenho a oportunidade. - eu ri
     Fui me arrumar no banheiro e Diego me esperou ainda sentado na cama. Ensaiamos e depois tivemos aula com o Ramos. Duas da tarde começava nossa aula extra com o Kelo, e provavelmente ele ia querer ver como estavamos nos saindo com esse exercicio dos duetos. Então chamou o único trio, que era composto por Nico, Alba e Facu, com a música Te Creo. Cantaram apenas um trecho, e os três cantaram incrivelmente bem! Eu não conseguia tirar os olhos do Facu, desejando com toda força que aquela música fosse dedicada a mim. A cada palavra que saia de sua boca o meu coração batia mais forte e mais rápido. Alba terminou a música com "Te quiero, te quiero, ahora se que la tierra es el cielo" e todos aplaudiram de pé. Pra quem teve praticamente 2 dias de ensaio eles estavam perfeitos!
     Logo em seguida Kelo chamou Diego e eu para cantar. Eu não queria ir, mas todos começaram a gritar "Mechi, Mechi, Mechi" então eu fui. Diego pegou um violão, sentou-se em um banquinho, e eu em outro. Começou a tocar o violão, eu adorava essa melodia. Ele parecia tão concentrado. E começou a cantar "Escucha y siente, sube el volumen vas a enloquecer". A voz dele saiu tão suave, me senti hipnotizada. Ao envez da parte do "Pierdendo el control" pulamos para parte em que eu entrava:
"Escucha mi cancion
Has lo que te dicta el corazon
Em mi ritmo ponte a bailar
Esto es especial
Mi estilo te va a conquistar

Tu pies ya se mueven al compas
Se que no lo puedes evitar
Es como sin alas volar
Mi estilo te va a conquistar
"
     Tenho que admitir, que nos saímos melhor em público doque sozinhos. Nossas vozes combinaram perfeitamente. Na verdade, fiquei meio sem graça de cantar olhando para o Diego, e ele para mim.
"Vas a quedar de mi
Por siempre enamorada"
     Acabamos de cantar, todos aplaudiram, Diego sorriu para mim, e pude perceber que Valeria ficou um pouco irritada. Kelo pelo visto ficou encantado com nossa pequena amostra.
     - Olha, eu fiquei impressionado com a conecção de vocês, uma ligação incrível! Tenho certeza que vão se sair melhor ainda no dia da apresentação. Estão de parabéns! Vou alí beber uma água e já volto.
     Diego me abraçou feliz, me deu um beijo no rosto, e foi falar com Valeria, antes que Kelo voltasse com a aula.