sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Hello December: 2º Cap. - Hello My Friend


                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Uma hora se passou e o tal Luca não dirigiu a palavra até mim. Alguém tocou a campainha. Uma menina de cabelos negros entrou na casa falando com todos. Ela meio que pulou em cimado Luca. Será que é namorada dele?
     - Olá, você deve ser a Camila né?
     - Sim, sou eu, e você é?
     - Francesca. A Olga e o Ramallo falam muito de você e de sua mãe.
     - Ah, sério?
     - Sim, a Olga mais ainda! Ela ficou muito feliz por vocês terem vindo!
     - Ah, eu também fiquei muito feliz de ter vindo, tirando a parte do avião. - eu ri
     - Eu só viajei de avião uma vez, vindo para cá. E eu era muito pequena então nem lembro.
     - E você é oque dos meus avós?
     - Visinha! Seus avós são como avós para mim! Para Luca e Maxi também.
     - O Luca é seu...
     - Irmão!
     - Ah sim, e quem é Maxi? Outro irmão?
     - Sim! Eu e Maxi somos gêmeos. Fomos adotados 1 ano antes de virmos morar aqui.
     - E vocês moravam aonde?
     - Bom, o meu pai, morou um bom tempo no Brasil, mas quando ele conheceu minha mãe, ele quiz voltar para cá. Ela é brasileira e o Luca também. O pai do Luca morreu quando ele era mais novo. A mãe dele estava solteira, se apaixonou pelo nosso pai, eles nos adotaram, e agora somos uma grande família feliz de New York. - ela riu
     - Sou brasileira também! Que mundo pequeno! - nós rimos
     - Daqui a pouco meus pais chegam com o Maxi.
     - Quem são seus pais?
     - Jade e Matias. E adivinha! O Matias é amigo de infância da sua mãe, na época em que ela morava em NY, não é legal?
     - Ah, nossa, minha mãe tá toda feliz de reencontra-lo!
     - Vejo que conheceu a tagarela da minha irmã! - Luca chegou abraçando Francesca
     - Coitada, ela é super simpática!
     - Viu? Eu sou um amor de pessoa!
     - Deixa eu adivinhar, ela te contou que nossos pais se conhecerem no Brasil e blá blá blá?
     - Exatamente! - eu ri
     - Mas ela é brasileira como nós!
     - Ah, sério? - Luca me olhou surpreso
     - Sim, e nunca saí do país.
     - Pra tudo tem uma primeira vez né. - Luca se sentou no tapete
     - Eu gostei de você Camila, qual a sua idade? - Francesca perguntou
     - 16, e vocês?
     - Tenho 15 e o Luca 17... Ops, meu celular tá tocando, já volto. - Francesca se levantou e foi para algum lugar da casa que eu ainda não tinha visto.
     Ficou um enorme silencio entre mim e o Luca, só podíamos ouvir a conversa dos outros a laleira. Não sabia oque dizer para quebrar o silencio.
     - Então... é... você quer se formar em que? - consegui dizer algo
     - Vou fazer faculdade de música.
     - Sério? Meu sonho é trabalhar com música também,ou ser escritora. Ainda não decidi.
     - Sabe tocar algum instrumento?
     - Comecei as aulas de bateria a uns 4 meses. E depois vou fazer aulas de violão.
     - Sei tocar piano, violão e guitarra. - o silencio voltou
     - Você canta? - nós dois perguntamos ao mesmo tempo. Nos encaramos e rimos.
     - Eu... canto um pouquinho. Nada sério. - ele falou sem jeito
     - Não conta pra ninguém hein! Mas eu sonho em ser cantora proficional! - eu respondi
     - Porque não?
     - As pessoas podem me julgar por... não cantar tão bem quando gostaria.
     - Já te viram cantar?
     - Cantar mal, sim! Porque não consigo cantar em público.
     - Vem aqui comigo? - ele se levantou e estendeu a mão
     - Aonde?
     - Vem logo que você vai saber.
     Luca me levou até uma sala perto da escada, e nessa sala haviam vários instrumentos musicais. Ele se sentou ao piano e começou a tocar uma melodia bem familiar para mim. Então começou a cantar:

"I got a lot of things
I have to do
All these distractions
Our future's coming soon
"

     Era Just Wanna Be With You, do High School Musical 3, e meu Deus, como a voz desse garoto é linda, e como toca piano bem! Não me contive e cantei:

"We're being pulled
A hundred different directions
But whatever happens
I know I got you
"

     Então começamos a cantar juntos:

"You're on my mind, you're in my heart
It doesn't matter where we are
Well be alright
Even if were miles apart
"

     Demos uma pausa, e alguém colou para tocar o instrumental da música bem onde paramos. Me assustei, mas era Francesca. Luca me tirou para dançar, e começamos a cantar o refrão:

"All, I wanna do
Is be with you, be with you
There's nothing we can't do
Just wanna be with you, only you
No matter where life takes us
Nothing can break us apart
I just wanna be with you
"

     Cantamos e dançamos sem parar, e só parei pra olhar Francesca uma vez, que estava com um lindo sorriso de orelha a orelha nos observando. A gente rodava, subia no piano, corria pela sala, fazia tudo oque tinha direito. Eu nunca me senti tão livre ao cantar. Senti que não tinha mais medo de mostrar que cantar era parte de mim. Ao fim da música cantávamos bem devagar e suavemente "I just wanna be with you". Paramos um de frente para o outro, em pé em cima do banquinho do piano, olhos nos olhos, ele com as mãos em minha cintura, e eu com as mãos em seus ombros.
     Francesca começou a aplaudir, eu tinha até me esquecido que ela estava lá. Descemos no banco.
     - Obrigada por tornar isso possível... me fazer cantar na frente de alguém.
     - Não precisa agradecer, Camila. Você também fez um favor para mim.
     - Camila! - meu pai berrou da sala
     - É... eu vou lá... meu pai tá me chamando. Obrigada... de novo. - eu sorri e sai da sala
     Alguns minutos depois, Luca e Francesca foram para casa ver se os pais já haviam chegado, e eu fui para meu quarto. Pouco tempo depois alguém bateu na porta.
     - Entra!
     - Com licença.
     - Luca?
     - Ficou meio chato lá em baixo. Meus pais chegaram sua mãe tá toda emocionada. Vim... te fazer companhia. Posso?
     - Claro.
     - Você não pareceu ter medo de cantar. E cantou muito bem! - ele riu
     - Eu não sei oque aconteceu, eu... senti que com você eu podia.
     - Já catei algumas, poucas vezes, em público. Cantei bem mas, nunca me senti tão a vontade como me senti com você.
     - Ah, para, eu to ficando sem graça, para, sério!
     - Ué, só to falando a verdade! - silencio no quarto
     - Podemos ser amigos? - quebrei o silencio
     - Já não somos?
     - Ah, sei lá, te conheci hoje.
     - Okay, Camomila, somos oficialmente amigos! - ele riu
     - Espera... Camomila...
     Foi como se eu tivesse levado uma martelada na cabeça. Comecei  a ligar os fatos e entender porque a sensação de já conhecer esse garoto. A porta estava entreaberta e a mãe dele, Jade, ia entrar no quarto para falar comigo quando ouviu minha mãe gritar seu nome e ela saiu correndo. E foi aí que eu tive certeza de quem era Luca. Luca, Brasileiro, um ano mais velho doque eu, Camomila, e a Jade!
     - Reys?
     - Oque?
     - Seu sobrenome! É Reys? Luca Reys?
     - Sim, mas porque a pergunta? E como sabe?
     - AI MEU DEUS. EU NÃO ACREDITO.
     - Oque foi? Tá me assustando, Camila!
     - Você é o Luca Reys, que estudava na mesma escola que eu lá no Rio de Janeiro! O magrelo baixinho que vivia implicando comigo porque eu era gordinha e falava errado por causa do aparelho! Eu Sou Camila Torres, lembra? Camomila! Você vivia me xingando, me botando defeitos, eu saia correndo pelo pátio pra bater em você! Aí você falava que eu precisa tomar chá de camomila pra me acalmar! Por isso me chamava de Camomila! Não acredito que é você!
     - MAS OQUE?!?!?! - ele arregalou os olhos e levantou da cama
     - Mas como aquilo se tornou isso?! Você era tão idiota e agora é tão educado e gente boa!
     - Não sei se levo isso como um elogio.
     - Não sei se te abraço ou aproveito pra te bater mais! - nós rimos
     - Como não percebi que era você?!
     -  Mas gente, socorro, eu te odiava!
     - E não me odeia mais?
     - Te odiava até descobrir que esse Luca é aquele Luca.
     - Eu nunca te odiei.
     - Sério? Mas porque me zoava tanto?
     - Eu... eu... ah cara, você era diferente. Não era toda cor de rosa, curtia coisas de menino, sei lá, eu achei que te zoar fosse um jeito de chamar sua atenção e ao mesmo tempo esconder oque eu sentia. Eu nunca vi nenhum problema em você ser gordinha... mas o lance do aparelho era engraçado. - ele riu
     - Nossa... nem sei oque dizer e... obrigada pela sinceridade com o lance do aparelho. - eu ri também - mas... oque você sentia exatamente?
     - Eu... eu tinha uma quedinha por você. - ele sorriu sem graça e o quarto ficou em total silencio. - mas eu superei, não se preocupe.
     Meus pais trouxeram Jade, Matias e Maxi ao meu quarto para falar comigo. E Luca foi embora.

Hello December: 1º Cap. - Hello New York


                                                                                                           (Ler em Nyah! Fanfiction)

     Oi, meu nome é Camila Torres, moro no Rio de Janeiro, mais precisamete na Tijuca, e tenho 16 anos. Oque eu faço da vida? Sou estudante, e nessa primeira semana de Dezembro eu peguei meu boletim, e descobri que passei direto para o terceiro ano do ensino médio. O Segundo ano foi difícil, tirei muitas notas ruins, mesmo me matando de estudar. Mas passei! Meu sonho? Ser cantora. Não necessariamente famosa no mundo todo, mas poder trabalhar com música seria ótimo. Ou escritora, as vezes bate um criatividade e dá vontade de inventar histórias. Oque eu to fazendo aqui? Bom, estou dentro de um avião, escrevendo isso tudo em um papel pra ver se me acalma. Caso o avião caia e eu morra, gostaria que alguém soubesse quem eu sou. Qual é o destino desse avião? New York! Sim, Nova York, vou passar o Natal em Nova York, não creio! Meus avós maternos moram lá, e alguns outros parentes da minha mãe também.
     - Oque está fazendo, filha? - minha mãe interrompeu minhas anotações
     - Nada não mãe. Só... tentando fazer algo que alivie o nervosismo de estar a sei lá quantos metros do chão. - guardei o caderninho e a caneta que eu estava escrevendo na mochila
     - Aviões são mais seguros que carros e...
     - Eu sei, eu sei. Mas eu ando de carro desde sempre. Não tem como ter medo. Mas enfim... você trouxe aquele remédio pra dormir? Seria uma boa. Se o avião cair, a gente vai morrer e eu nem vou sentir.
     - Camila! - ela se afogou em risos
     - Que foi? A gente corre esse risco!
     - Procura aê. - meu pai me deu uma bolsinha da minha mãe onde estava o remédio. Tenho certeza que seria melhor assim. Fazer uma autobiografia não estava ajudando.
     - Só quero acordar quando a gente estiver em terra firme. Se eu acordar.

-- Algumas horas depois --

     Senti que estava em um ambiente diferente, espero que eu já esteja fora do avião, e não no céu junto com os falecidos (ou no inferno, quem sabe?). Meus olhos ainda embassados começaram a se abrir, e vi que eu estava dentro de um carro, com a cabeça deitada em uma mochila, e minha mãe do outro lado do banco de traz.
     - Olha, a Bela Adormecida acordou! - minha mãe exclamou
     - Viu filha? O avião não caiu! - meu pai que estava na frente se virou para me ver
     - Mas poderia. - falei ainda sonolenta esfregando os olhos
     - Eu ia te perguntar como foi o voo, até que vi o seu estado quando peguei vocês no aeroporto. - meu avô disse sem olhar para mim pois estava dirigindo
     - Ah, oi vovô! Que saudade de você! E cadê minha vó? - falei sorrindo
     - Ela ficou em casa. Já está preparando um lanchinho para vocês.
     - E onde está o resto da bagagem? Acho que não caberia tudo nesse porta malas. A tralha é pra passar as férias inteiras aqui!
     - Seu tio veio com o carro dele buscar as outras malas!
     - Ah sim.
     - Já estamos quase chegando em casa. - ele sorriu
     Alguns minutos depois entramos em uma rua, totalmente residencial, nada de comercio, apenas muitas e muitas enormes casas cobertas por neve, todas enfeitadas com sinos, renas, anjos, bolas coloridas, estrelas, bengalinhas doces, bonecos de neve, pisca-pisca, Papai Noel, muito brilho e pinheirinhos de Natal. Uma dessas casas era a de meus avós. Logo paramos o carro, e meu avô disse contente "Lar doce lar". Ao lado, a casa de um amigo de infância da minha mãe, na época em que ela morava aqui. Se eu os conhecia? Provavelmente não!
     Entramos na casa de meus avós, era bem grande, e muito bonita. Lá, além de morar os meus avós Ramallo e Olga, morava meu tio Beto com sua esposa Jaqueline. Então você se pergunta: porque minha mãe deixou os Estados Unidos para morar no Brasil? Simples, ela nasceu no Brasil, e com 5 anos ela veio morar em NY com os pais. Um dia, já adulta, ela resolveu fazer uma viagem com alguns amigos e amigas de NY. Pra onde foram? Pro Brasil! Quem ela conheceu no Brasil? Meu pai! Aí não teve jeito né. Muito menos depois que eu entrei na história.
     Desde que eu nasci minha mãe nunca voltou aos EUA, imagino que ela deve estar com muitas saudades daqui. Desde que eu nasci, meus avós e meus tios vieram passar o Natal com a gente no Brasil umas... 6 vezes. Agora foi a nossa vez de visita-los. Porque agente não veio antes? Acho que todos já perceberam que eu tenho pavor de avião.
     Assim que entramos meu tio Beto chamou Jaqueline e minha avó, que estavam na cozinha. Eles tem empregada, mas quando se trata de visitas importantes minha avó gosta de fazer a comida. As duas vieram correndo nos receber, com muitos beijos, abraços, e sorrisos. Minha avó mostrou o quarto de visitas em que ficariam meus pais, que tinha uma porta que dava para o meu. O quarto dos meus pais, tinha as paredes todas pintadas de branco, e apenas a parede da cama pintada de vermelho. O meu, já era um papel de parede, que fazia parecer que o quarto era realmente feito de madeira. Descemos as escadas, Jackie nos chamou para o lanche, me sentei numa poltrona, e fiquei alí destraida.
     - Quer biscoitos? - uma voz masculina muito suave interrompeu meus pensamentos - são de chocolate!
     Eu levantei devagar o rosto em sua direção, agradeci, e peguei um dos biscoitos em forma de boneco.
     - Só um? Pega mais! - ele sorriu e eu peguei mais 2 biscoitos
     Ele saiu com a bandeja oferendo biscoitos aos outros. Eu tive uma sensação estranha ao vê-lo. Ele tinha algo familiar. Mas acho que se eu já tivesse visto um cara lindo como ele, eu lembraria. Eu ia comendo os biscoitos enquanto meus olhos seguiam aquele misterioso garoto. Então minha avó pediu a ele que trouxesse bebidas as visitas enquanto ela traria o bolo. Eu pedi a ela um achocolatado, pra mim, um achocolatado é essencial em um lanche da tarde.
     Enquanto eu me deliciava com o lanchinho da vovó, o menino puxou uma cadeira e se sentou na minha frente.
     - A gente já se conhece?
     - Ah... acho que não. - respondi sem jeito
     - Prazer, meu nome é Luca.
     - O prazer é todo meu.
     - E você? Como se chama?
     - Camila.
     - Luca, vem aqui me ajudar, por favor! - minha avó gritou da cozinha
     - É um lindo nome. - ele se levantou da cadeira e foi correndo para a cozinha.